domingo, 29 de setembro de 2013


Sempre é possível propor a formação de leitores nas disciplinas de ciências, pois na minha pratica necessito que o aluno se apodere dos saberes, não uso conteúdo por não acreditar em conteúdo mais sim em saberes que se fazem existir a partir das experiências sejam elas ações ou colhidas de informações podendo ser elas feitas de dialogo, contextualização ou a própria leitura.
Nestas aulas, (Caderno do Aluno da 6ª.Série/7º.Ano, volume 2, 2013, pp. 03 a 08), pedi para que os alunos lessem os textos sem nenhum compromisso, orientei apenas que eles fizessem a leitura. Quando leram o primeiro texto e assim o fizeram por duas aulas, alguns se pronunciaram, foi quando intervi pedindo que continuasse lendo ao outros, e respondessem as questões sem que eu intervisse e foi feito. Muitos acharam os textos curiosos principalmente o do índio mais todos acreditaram na Genesis e muitos não acreditaram na possibilidade do homem saber a idade da terra e muito menos ter conseguido fazer um experimento que resultasse no DNA (Ácido Desoxirribonucleico), fizemos leitura, e a leitura da palavra lendo separando as silabas e logo em seguida pronunciando a palavra que em um sentido de brincadeira seria o nome de um filho e que este filho teria o apelido de (DNA), foi divertido e todos se propuseram a repetir a pronuncia, retomando os textos orientei a cada um deles que para responder as questões eles deveriam escrever um texto sobre a origem da vida segundo ele e colocasse seu nome como autor e foi feito. Contribuições da análise de discurso para a educação em ciências. Esta pratica vem acontecendo com sucesso pelo fato de o aluno escrever sua verdade, a partir da escrita procura interagir com os textos em busca de uma razão que de fato tenha possibilidade de ocorrer, apontar a importância do sentido religioso, mostrar que outras culturas também se importam com a origem da vida no planeta e que a ciência sempre esta aberta a qualquer que seja a forma do pensar para que encontre possibilidades que comprovem um ou outro mais que as verdades são necessárias para que se colheita as informações e se faça uma triagem do que é verdadeiro e fantasioso.
Os estudos de Andrade e Martins (2006) vêm corroborar essas ideias, constatando que os professores tendem a polarizar sua compreensão de leitura entre a leitura-busca-de-informações – para textos didáticos e científicos – e a leitura-fruição para textos literários. Isto interfere na atuação dos docentes em atividades de leitura, pois apesar de compreenderem sua importância na formação dos estudantes e valorizarem a utilização de textos nas aulas, os que participaram do estudo veem seus estudantes como não-leitores.
É possível propor a formação de leitores nas disciplinas de Ciências Naturais? Contribuições da análise de discurso para a educação em ciências. Suzani Cassiani
Muitos me perguntaram se eu acreditava em Deus, disse que sim e queria que Deus também acreditasse que eu sou capaz de entender suas orientações e que é muito importante ter Deus no coração e na alma, para que a mente se mantenha livre para descobrir os ensinamentos de Deus. É notória a avidez dos alunos, pelas explanações e pelo texto, esta descoberta de haver outros pensares sobre o assunto diversifica as interações, depois disso muitos disseram não acreditar na ciência mais ao mesmo tempo disseram que os cientistas são muito importantes, pois descobrem verdades, isso acontece pelo medo de estar indo de encontro aos ensinamentos religiosos pregados desde o berço e acreditarem também no progresso do homem através da ciência.
Caderno do Aluno da 6ª.Série/7º.Ano, volume 2, 2013, pp. 03 a 08.
Na formação inicial desses professores, constatamos que há pouca ou nenhuma chance de refletir sobre questões de leitura. Abandonados às suas próprias histórias de leituras, os professores fazem uso de modelos que também foram utilizados por seus professores, perpetuando uma expectativa de leitura apenas como busca de informações e, o que é pior, daqueles sentidos que o professor quer (CASSIANI-SOUZA e NASCIMENTO, 2006).
Preparar os professores para que busquem formas inovadoras de ensinar, deve fazer parte do papel dos órgãos responsáveis pela educação, pois ao participar de encontros serão disseminadas diversas praticas que possibilita a construção do saber para que ficassem muito mais explicito o que se espera quando se diz competência leitora e escritora. Faz-se necessário uma quebra de paradigma.
As formas investigativas fazem parte do saber em todas as disciplinas, mais em ciências é primordial sendo da vocação do cientista a observação e analise. Em um contexto sócio cultural fazer ciência é buscar significados que atendam os anseios relacionados a sua historia que esta em construção e necessita de experimentações do cotidiano e de informações que oportunize estas mentes a formarem seus conceitos em inspirações constantes que advêm em sua maioria, da leitura e se forma em escrita da historia deste individuo que constrói sua dignidade que encontra subsidio em:
Essa ‘nova direção’ para a pesquisa em educação em ciências (Duit and Treagust, 1998) sinaliza um deslocamento dos estudos sobre o entendimento individual dos estudantes sobre fenômenos específicos para a pesquisa sobre a forma como os significados e entendimentos são desenvolvidos no contexto social da sala de aula. Muitas dessas pesquisas têm adotado, como perspectiva teórica, aquela relacionada à corrente socio-histórica ou sociocultural. Nessa tradição, o processo de conceitualização é equacionado com a construção de significados (Vygotsky, 1987), o que significa que o foco é no processo de significação. Os significados são vistos como polissêmicos e polifônicos, criados na interação social e então internalizados pelos indivíduos.
Além disso, o processo de aprendizagem não é visto como a substituição das velhas concepções, que o indivíduo já possui antes do processo de ensino, pelos novos conceitos científicos, mas como a negociação de novos significados num espaço comunicativo no qual há o encontro entre diferentes perspectivas culturais, num processo de crescimento mútuo.
Investigações em Ensino de Ciências – V7(3), pp. 284
Vislumbrando a quebra de paradigma, encontro na verdade de meus alunos, uma forma de transformar as possibilidades trazidas onde posso adquirir saberes das condições socioculturais do ambiente onde será possível, fazer alterações no comportamento da sociedade possibilitar a leitura e a escrita oportuniza o individuo que constroem sua historia e desenvolve ciência como forma de especialização e profissionalização. Acredito que a pratica leitora deve ser constante para aquele que se propõe a ensinar e ensina aquele que busca o saber, que pelo exemplo, deve sempre estar em busca de sabedoria e inovação.

A leitura e escrita proporciona um indescritível prazer pela liberdade acrescentando ao espirito a imensidão do poder das palavras que advêm do desejo mais oculto do ser humano, construir uma historia baseada na conquista das palavras e lançar-se aos ventos que ecoam os saberes através das conquistas dos sonhos, fazer da filosofia a conquista do homem em suas competências e habilidades pelo sempre, é isso que esperamos um do outro e é para isso que ocupamos a condição de ensinar ou passar além o sabor de nossas conquistas oportunizando ao individuo sua autoria em sua existência que intrinsecamente estará na de seu mestre por ser ele o instrumento de valorização e da conquista deste momento único e tão singular em saber ler e escrever.


Hélio Ramos de Oliveira

Texto postado no curso MGME da SEE - SP e no blog.

www.criarcienciahoje.blogspot.com  (Grupo 04)

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