quarta-feira, 19 de março de 2014


Uso racional da água - Minha pratica em sala de aula              19/03/2014.

Hoje começarei com uma citação.
             “O Manifesto da Água: Argumentos para um contrato mundial”, escrito pelo sociólogo italiano Ricardo Petrella (1941). Lançado no ano de 2001, inicialmente em nove países, além dos Estados Unidos e do Reino Unido. No Brasil, foi lançado em 2002, pela Editora Vozes, de Petrópolis/RJ.
A obra apresenta-se como fundamental para analisar os problemas socioeconômicos referentes à questão dos recursos hídricos em nosso planeta, além de apresentar uma proposta para a mobilização e a realização de um contrato mundial para, ao mesmo tempo, preservar a água e distribuí-la sem desigualdades. O livro esclarece as causas da escassez dos recursos hídricos e serve de alerta para os riscos de sérios problemas de falta de água que possam vir a acontecer em nosso planeta, se não forem tomadas medidas urgentes.
NOTICIA: ESTADÃO/SÃO PAULO
Alckmin vai ao Planalto e pede ajuda de Dilma para evitar racionamento em SP
Abastecimento. O governador pediu auxílio para aprovar a construção de um novo canal de 15 km que interligará o Sistema Cantareira, que registra seguidos recordes negativos de capacidade, ao Vale do Paraíba; governo federal teme rodízio durante a Copa.
BRASÍLIA - O governador Geraldo Alckmin foi nesta terça-feira, 18, a Brasília para pedir ajuda do governo federal para evitar o racionamento de água em São Paulo. No dia em que o Sistema Cantareira voltou a bater recorde histórico de baixa capacidade (14,9%), ele teve uma audiência com a presidente Dilma Rousseff (PT), no Palácio do Planalto.

Veja também:        
Utilização do volume morto será monitorada
Alckmin estava acompanhado da presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Dilma Pena. Já a presidente da República convocou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e representantes da Agência Nacional de Águas (ANA). Entre os assuntos tratados estava o pedido feito pelo governo paulista à agência para a construção de um novo canal de 15 km que interligará o Sistema Cantareira à Represa de Igaratá, no Vale do Paraíba - como foi adiantado nesta terça-feira à noite pelo blog Direto da Fonte. http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,alckmin-vai-ao-planalto-e-pede-ajuda-de-dilma-para-evitar-racionamento-em-sp,1142386,0.htm
Após varias noticias, conversando com alunos do ensino fundamental II, desde o inicio do ano letivo, sobre o uso racional da água, informando sobre a necessidade de racionar, economizar cada gota pedindo, que se formasse uma corrente de informações sobre a utilização inteligente deste recurso, dando como exemplo o projeto “cisternas urbanas para capitação, reuso de água e redução de enchentes”, feito por uma aluna do ensino médio a qual eu orientei, concorrendo ao premio jovem cientista de 2013, passando para segunda fase o que deixou a todos os envolvidos orgulhosos pelo êxito.
Hoje ao chegar atrasado à escola percebi que uma mangueira estava sendo colocada para que o pátio fosse lavado e fiquei intrigado com o absurdo, um desatino por ser uma escola do Estado de São Paulo e estar situada na região metropolitana, que é abastecida pelo Sistema Cantareira mencionado na noticia de ontem, além de ir contra todo meu trabalho de informação e formação. Fui de encontro à gestão desta escola e perguntei:
-porque a escola estaria sendo lavada com mangueira se a região esta passando por um racionamento de água?
Ouvi.
Não tem água professor?
Não sabia!
Esta informação é nova?
Não tem água na torneira?
Pensei.
Ironia ou descaso?
Ou os dois?
Disse:
- estamos em um momento de racionamento no estado
Ouvi
Professor se há água na torneira a escola ira ser lavada!
Disse:
-então o que ensino na sala de aula, não serve para a gestão da escola e sai perplexo.
Lavar a escola com mangueira, em pleno momento de economia de água é irracional, esta mesma escola passou no ano de 2011, seis meses sem água no período vespertino, a escola era limpa utilizando baldes, e naquele momento o que corria, eram apenas problemas no encanamento, conseguimos transpor os problemas usando a água de forma racional e eficiente.
Fiquei me corroendo e pensando.
Por que existem pessoas que estão no poder e outras que tem o poder, senti-me derrotado por estar impotente e não ter conseguido aplicar meus ensinamentos, naquele momento toda a retorica foi por terra perante toda a comunidade escolar.
Nesta tarde, continuei em minhas aulas reforçando a necessidade de economia de água, que mesmo fazendo parte de minha pratica diária como ser humano consciente, percebi que estarei sozinho nesta luta, construindo uma educação de areia, que quando estiver construindo vêm às enxurradas de ignóbeis e destroem toda a plantação, por estarem alheios e não fazendo parte do todo.

 Chegou ao final da tarde uma chuva caia me refresquei antes de entra no carro, com uma sensação de derrota que foi aliviada por um “até amanhã professor”, de uma criança que me fez pensar o quanto ela é importante para que haja uma mudança de atitude e pratica pessoal.




Prof. Hélio Ramos de Oliveira

Nenhum comentário:

Postar um comentário